Jongando na Educação
A educadora quilombola Laura do Campinho da Independência, quilombo localizado em Paraty (RJ), participou de um encontro sobre Educação Étnico Racial e fez um pedido: ‘Na educação não podemos desistir de ninguém!”. Para finalizar, ela cantou uma cantiga do Jongo, manifestação afro-brasileira da região sudeste do país.
Dia 10 de abril, segunda-feira, dois livros que tratam da questão da Educação: Diferenças Étnico-Raciais e formação docente e Tem que partir daqui, é da gente, foram lançados e contou com uma roda de conversa com os autores Lilian Do Carmo, Luiz Fernandes de Oliveira, Dila Carvalho e a educadora quilombola Laura Maria Santos, do Quilombo do Campinho, RJ, no espaço da Editora Novamerica, em Botafogo, RJ.
Os autores conversaram sobre suas obras e Laura contou sobre sua trajetória na defesa de uma escola que respeite as diferenças e que dialogue com a comunidade do Quilombo do Campinho. Laura falou sobre sua vida, militância e a educação na “luta dos movimentos sociais”, quando morava no Rio de Janeiro. Ela lembrou de todo o processo de “descobrimento” de que era quilombola até o retorno ao território. Segundo o artigo 2º do Decreto 4887/2003 da Constituição Federal, “consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”.
A quilombola terminou com um pedido: ‘Na educação não podemos desistir de ninguém!” e cantou uma cantiga do Jongo, manifestação afro-brasileira com formação de roda de dança com acompanhamento de tambores, palmas e umbigada entre os participantes.