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Raquel Trindade: Dance Sempre junto de Nós!

“[...] Obalúwàiyé (Obáluaiê) quando se aproxima nós,

Dar apoio, foça e energia.

Senhor da boa memória que pode nos dar

Força para resistirmos ao sofrimento.

Dance em nossa Casa,

Dance, dance, dance.

Aquele para quem dançamos está junto[...]”

Fragmentos de cantigas yorùbá (ioruba) para Obalúwàiyé (Obáluaiê). [Grifo nosso].

O Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais deseja “prosperidade” no renascimento da Mestra Raquel Trindade. Rogamos ainda força para toda Família Trindade na continuidade de seu importante legado para a cultura brasileira.

Desde sua fundação, a quase 20 anos, o FCPT aprendeu inúmeros ensinamentos apontados pela Mestra Raquel Trindade e pudemos contar com sua inteligência e sagacidade em diversos momentos na construção de políticas públicas para as culturas tradicionais, populares, indígenas e negras.

foto: Robson B. Sampaio em fev/2013 na Sala Guiomar Novaes, Representação Regional do MinC/SP durante a Audiência Pública sobre a Lei das(os) Mestras(es).

Mestra Raquel Trindade. foto: Robson B. Sampaio em fev/2013 na Sala Guiomar Novaes, Representação Regional do MinC/SP durante a Audiência Pública sobre a Lei das(os) Mestras(es).

A patrimonialização do Samba de Bumbo/Samba Rural Paulista decretado por unanimidade como primeiro Patrimônio Imaterial do Estado de São Paulo pelo CONDEPHAAT e com processo aberto em tramitação na esfera federal, no IPHAN/MinC contou também com as reflexões e ações da Dona Raquel.

Artista, liderança de matriz africana, pintora, desenhista, teatróloga, escritora, educadora, pensadora, Iyalorixá, articuladora política, enfim fazedora. Plantou, não só na cidade de Embu das Artes, mas em todo o Estado de São Paulo, no Brasil e no Mundo uma infinidade de mudas das Artes e das Culturas Populares Negra.

Mulher Negra sábia, viu - e fez - antes de muita gente a importância dos mais jovens para a manutenção e fruição da arte e da cultura. Elaborou princípios e construiu elos entre o “popular” e “erudito”, entre o hip hop e o maracatu, entre sua vida particular e a sociedade.

A articulação e luta da chamada Lei das(os) Mestras(es), Federal e Estadual, contou também com os pensamentos da Mestra Raquel Trindade. Em fevereiro de 2013 durante a Roda de Conversa e Audiência Pública sobre o PL 1176/2011 na Representação Regional do Ministério da Cultura em São Paulo com a presença de muitas lideranças e artistas ela enfatizou: “[...] É fundamental a garantia de boas condições de vida aos Mestres e Mestras, que tanto dedicaram suas vidas às expressões culturais populares e tradicionais e que, no final de suas vidas, encontram dificuldades extremas para a manutenção de sua dignidade e de condições de vida condizentes com sua importante função social”.

Mestra Raquel Trindade conta histórias para crianças capoeiristas embaixo do pé de louro. foto: Pedro Neto em 08/07/2017 durante o Festival Percurso – Território Campo Limpo 4º Encontro de Mestras e Mestres, organizado pela Agência Popular Solano Trindade e Mestre Aderbal Ashogun Moreira.

Conforme a epígrafe deste pequeno texto, dedicado a Obalúwàiyé (Obáluaiê), pedimos que sua imortalidade seja propagada não só nas suas facetas artísticas, mas também por sua importância para a soberania da população negra brasileira.

Raquel Trindade:

Dance sempre junto de Nós!

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