Vidas Quilombolas Importam
O FCPT acredita que o futuro é feminino, e nada mais justo que convidar Givânia Silva para falar sobre os porquês das atividades na comemoração dos 24 anos da CONAQ, “uma insurgência contra o dia 13 de maio”, segundo a professora, ativista e uma das coordenadoras da entidade.
Clique para ouvir os dois áudios da Givânia Silva na plataforma Anchor
O Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais, FCPT, convidou para uma entrevista a liderança quilombola Givânia Silva, pernambucana do quilombo Conceição das Crioulas, a professora - a primeira da comunidade, a ativista graduada em Letras e especialista em Programação de Ensino e Desenvolvimento Local Sustentável. Mestra em Políticas Públicas e Gestão da Educação pela Universidade de Brasília-UnB (2010-2012) e doutoranda do curso de Sociologia na mesma Universidade (2017-2020).
Sobre a CONAQ
Em 1995, no “I Encontro Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas”, realizado durante a Marcha Zumbi dos Palmares, em Brasília, e surge a Comissão Nacional Provisória das Comunidades Rurais Negras Quilombolas. No dia 12 de maio de 1996, em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, após a realização da reunião de avaliação do I Encontro Nacional de Quilombos, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ, foi criada oficialmente, não só para reivindicar soluções para os problemas nacionais, mas como movimento político organizado para propor as relações desiguais historicamente estabelecidas, em defesa dos direitos dos quilombolas.
Esse ano, no dia 12 de maio, no aniversário de 24 anos da CONAQ, a entidade lançou o Manifesto Vidas Quilombolas Importam e uma programação de lives e atividades virtuais até o da 31 de maio. A entidade iniciou a publicação em suas redes sociais, de vários vídeos de quilombolas e artistas saudando os quilombos do Brasil. E hoje, 13 de maio, lançaram a Plataforma emergencial do campo, das florestas e das águas em defesa da vida e para o enfrentamento da fome diante da pandemia do coronavírus. Elaborada em conjunto com movimentos sociais, sindicatos e entidades organizadas em torno da agricultura familiar, da reforma agrária, dos povos e comunidades tradicionais, da agroecologia e da soberania alimentar, a plataforma pretende apresentar à sociedade brasileira um conjunto de propostas emergenciais para lidar com os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Saiba mais sobre a programação no site oficial da CONAQ
Ou na página do facebook da CONAQ