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Queremos Cestas e Soberania

O racismo estrutural e a base epistêmica eurocentrada insiste em olhar para nós - Povos Tradicionais de Matriz Africana - a partir do binarismo reducionista. O Território Tradicional de Matriz Africana é vivo!

Os Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, a partir de princípios civilizatórios negros, como ancestralidade, circularidade, senioridade, alacridade, entre outros, entendem que as categorias: material / imaterial, tangível / intangível, natureza /cultura, magia / religião, sagrado / profano, etc, não são estanques e fixas. É indissociável a dança, a música, o canto, a escrita, a alimentação, a folha, a água, a performance.

Hoje não existe política pública específica para os Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, com ou sem pandemia. Emergencialmente temos a necessidade mínima da alimentação diária. Buscamos a soberania do nosso povo e a reificação da ancestralidade negra.

Cestas básicas chegam ao Terreiro de Candomblé Santa Barbara

foto: Makota Natália Gondin

Em parceria entre a Àgò Lònà Associação Cultural sob a presidência de Sandra Campos e a Profa. Elisa Lucas Rodrigues - Secretária da Coordenação de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Direitos Humanos e o “Programa Cidade Solidária” da Prefeitura do Município de São Paulo foram distribuídas 150 cestas básicas no dia 13/05/2020 no Terreiro de Candomblé Santa Barbara.

O Terreiro de Candomblé de Santa Barbara fundado no final dos anos 50, na Vila Brasilândia, por Mãe Manaunde (Julita Lima da Silva) e desde 2004 sob a liderança de Mãe Oyagidê (Pulquéria Albuquerque Lima) foi tombado pelo CONDEPHAAT como Patrimônio Cultural do Estado de São Paulo em 2019.

Cestas sendo distribuídas na entrada do Terreiro de Candomblé Santa Barbara, seguindo todos os procedimento recomendados pela OMS.

foto: Makota Natália Gondin

Localizado em uma das áreas mais atingidas pela pandemia da covid-19 na capital paulistana, o bairro da Brasilândia, zona norte, segundo os últimos dados da Secretaria Municipal de Saúde são mais de 120 mortes pelo novo corona vírus.

Agradecemos imensamente e solicitamos que possamos construir um caminho perene para superação do racismo. Não podemos comemorar, a abolição é inacabada!

Mãe Manaundê

Julita Lima da Silva, negra, nascida na Bahia em 26 de fevereiro de 1926 e falecida na cidade de São Paulo no dia 23 de agosto de 2004, foi dirigente do terreiro de nação bantu Santa Bárbara situado no bairro da Vila Brasilândia, na zona oeste da capital paulista, que teve seu processo de urbanização nos anos 70, exatamente, no momento em que uma grande leva de migrantes se dirigiu para São Paulo. Esta sacerdotisa, iniciada pela famosa Nanã de Aracaju (Erundina Nobre dos Santos – 1891-1981), fixou-se em São Paulo a partir de 1958, e abriu formalmente seu terreiro em 1962 foi uma das mães-de-santo mais antigas da metrópole.

Povos Tradicionais de Matriz Africana

O conjunto dos povos africanos para cá transladados, e às suas diversas variações e

denominações originárias dos processos históricos diferenciados em cada parte do país,

na relação com o meio ambiente e com os povos locais. SILVA NETO, José Pedro da. Caderno de Debates Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. Secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais / SEPIR / Ministério da Justiça e PNUD ONU. Brasília, 2016. p. 25. Publicação completa disponível no link: https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/Pessoas/cadernos-de-debates-povos-e-comunidades-tradicionais-de-matriz-a.html

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