Abandono da Igreja Freguesia de Sant'Ana, Ilha Grande, RJ, gera denúncias dos ilhéus.
Artigo do historiador e presidente do IPHAR, Carlos Eduardo da Silva
Ilha Grande e Paraty, no sul do Estado do Rio de Janeiro, são Patrimônio Misto da Humanidade, declarado pela Unesco em Junho de 2019. O local é o primeiro bem brasileiro inscrito na categoria de sítio misto, ou seja, cultural e natural.
Nesse domingo, 12/06, o Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica de Angra dos Reis, o IPHAR, recebeu as denúncias de ilhéus e guias de turismo de que a Igreja da Freguesia de Sant'Ana, na Ilha Grande, encontra-se em estado de abandono. Segundo as denúncias, o local está tomado por matagal, o patrimônio tumular quase bicentenário, está sofrendo com a erosão e a caiação do templo deteriorado. A pintura do madeiramento e dos vãos de porta e janelas recém-pintados pela Prefeitura de Angra dos Reis, também estão em rápido processo de deterioração e o espaço para travessia dos moradores de outras praias, a servidão, também está tomada por lama e mato.
Erigida no século 19, o templo tem belíssima e artística talha de altar com requintes do período rococó e foi grande centro social e espiritual da Ilha Grande por mais de 100 anos. Há lápides e túmulos do século 19 e 20, sendo local de memória e afetividade do povo caiçara.
O Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica de Angra dos Reis, o IPHAR, atua desde os anos 1990, no município da Costa Verde fluminense. A organização é uma construção coletiva, de base comunitária, que atua a partir de três princípios: ressignificado do Patrimônio Cultural, a valorização e o resgate da Cultura Caiçara e a Educação Patrimonial.
Sobre o IPHAR http://www.iphar.org/
Culturas e herança dos saberes e fazeres de um povo caiçara nesse link
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