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Congado liberado


Divulgação Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia

O Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia da cidade de Tiradentes, MG, estava proibido de entrar na igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Não era devido à pandemia da covid 19, essa situação começou em 28 de julho de 2019, com a chegada do padre Alisson Sacramento. A principal alegação é que a igreja católica não concordava com a devoção a escrava a Anastácia.


A Comunicação do FCPT tentou conversar com o capitão do Congado, Claudinei Matias do Nascimento, o Mestre Prego. Ele nos respondeu com a boa notícia de que o Bispo Diocesano Dom José Eudes, da Diocese de São João Del Rei, MG, entrou em contato e após conversas e ajustes a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos volta a receber o Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia que há mais de 10 anos pratica está presente nas ruas de Tiradentes, MG. “Estamos muito felizes. Somos feitos da mesma fé”, contou Mestre Prego.


A seguir a íntegra da nota oficial publicada no dia Dos Santos Reis, 6 de janeiro, às 10h, sobre a polêmica criada do terno de Congado de Tiradentes, dada pelo Bispo Diocesano Dom José Eudes, da Diocese de São João del-Rei, MG:


A respeito dos fatos ocorridos em 2019, na Paróquia de Santo Antônio de Tiradentes, desta Diocese de São João del-Rei, envolvendo o terno de Congado daquela localidade e que vem ganhando ampla divulgação em veículos de comunicação e nas mídias sociais, tenho a dizer:


1- A Igreja sempre valorizou a religiosidade popular. O Documento de Aparecida, nos números 258 e 262, diz que: “a religiosidade popular constitui um precioso tesouro da Igreja Católica na América Latina (…) cabendo a nós protegê-la e promovê-la (…) bem como evangelizá-la e purificá-la”.


2- Em várias paróquias de nossa Diocese ocorrem as festas do Reinado com apoio dos padres e também com meu apoio como bispo diocesano.


3- A Igreja rechaça toda e qualquer forma de discriminação e reafirma sua posição de promoção da dignidade da pessoa humana. Reconhece também que a escravidão foi uma página vergonhosa de nossa história e que ainda há um preconceito racial estrutural em nosso país.


4- Lembro que no Jubileu do Ano 2000, São João Paulo II pediu perdão pelos pecados cometidos pelos filhos da Igreja ao longo da história, dentre eles a escravidão.


5- A respeito do caso específico veiculado pelas mídias, cumpre-me dizer que não é nossa intenção afastar, nem mesmo privar ninguém do acesso à Igreja, mas garantir que as manifestações de religiosidade popular estejam em sintonia com a fé cristã.


6- A meu pedido, os Padres Geraldo Magela da Silva, Vigário Geral da Diocese, e Alisson André Sacramento, Pároco da Paróquia de Santo Antônio de Tiradentes, em encontro fraterno com o Sr. Claudinei Matias do Nascimento, conhecido como “Prego”, capitão do Congado, formalizaram convite ao grupo para tomar parte na Festa de Nossa Senhora do Rosário, celebrada anualmente, inclusive tendo acesso ao templo. Nesta mesma conversa foi acertado o compromisso, uma vez superadas as restrições decorrentes da Pandemia, de realizar um trabalho social conjunto.


7- A Igreja, ciente de sua responsabilidade, nunca se furtará de zelar pelo ensino da sã doutrina e pela fidelidade do culto à fé católica.


8- Lembro ainda que é responsabilidade do Pároco zelar para que não aconteçam no interior dos templos e nos demais espaços da paróquia, eventos contrários e alheios à fé católica e que firam o sentimento religioso de nosso povo.


Sem mais, renovo meu apreço pelas manifestações de religiosidade popular presentes em nossa Diocese. Já tive oportunidade de manifestar, presencialmente, meu apoio a algumas delas, como por exemplo, participando do Jubileu do Divino Espírito Santo, no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em São João del-Rei. E ainda, recentemente, através de mensagem enviada ao terno de Congado da cidade de Piedade do Rio Grande que promove uma festa tradicional e centenária.


Em Cristo!


Dom José Eudes Campos do Nascimento

Bispo Diocesano


Link da nota púbica da Diocese de São João del-Rei, clique aqui


Mestre Alcides de Lima, integrante do FCPT, sensibilizado com a situação mandou um vídeo em solidariedade aos participantes do Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia, de Tiradentes, MG.





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