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Jongando na Educação Diferenciada


Árvore das Origens - Foto de Juan Martins

No dia 10 de Fevereiro aconteceu o 1º Encontro de Formação dos jongueiros do Quilombo do Campinho da Independência, às margens da BR Rio Santos, no município de Paraty, RJ. Mestras e jongueiros crianças, adolescentes e jovens participaram, durante todo o dia, de uma aula dentro da proposta de Educação Diferenciada.


A proposta da Educação Diferenciada está tomando corpo entre mestres e pesquisadores das comunidades tradicionais e povos originários. Se para os indígenas a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU, do qual o Brasil é signatário, assegura o direito de criarem e controlarem nos próprios idiomas, com métodos culturais próprios de ensino e aprendizagem, suas próprias instituições e meios de educação, para os quilombolas ainda é uma bandeira de luta a criação da Lei de Diretrizes da Educação Quilombola.


O que caracteriza a Educação Diferenciada?

Primeiro é que ela se dá no próprio território. Integrantes da comunidade compartilham seus conhecimentos, suas tecnologias, suas formas de organização e sustentabilidade. Segundo as mestras quilombolas, a pessoa é estimulada a fazer, a criar, a colaborar, aprender a ser sujeito, entendendo que está sendo útil e que é capaz.


Além disso, e talvez o mais importante, seja o comprometimento com uma pedagogia anticolonialista. Por exemplo, tomar ciência de sua vida a partir do descobrimento de sua origem. No 1º Encontro de Formação dos jongueiros do Quilombo do Campinho da Independência, uma árvore foi criada com a colaboração de todos para tratar das origens. E foram debatidos os pontos cruciais e nevrálgicos dos temas que constituíram essa árvore.


Agora, o grupo de mais de 30 pessoas se organiza para encontros semanais, separados por faixa etária, acolhendo as crianças/jovens nas suas querências, estimulando a participação por meio da fala, despertando o ato de pertencimento nas trocas de Conhecimentos. No plural.


“O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros”

Paulo Freire, em Pedagogia da Autonomia


Jongo do Quilombo do Campinho da Independência Foto Juan Martins


*Novos Debates faz parte de uma série de matérias sobre os debates que estão surgindo no século 21 como Reparação Histórica, Racismo Ambiental, Sustentabilidade das Culturas Populares, Turismo de Base Comunitária e Arte Brasileira e ferramentas digitais. A jornalista Thereza Dantas, diretora do FCPT, compartilhará essas experiências no site do FCPT, informando sobre ações que já estão sendo realizadas no nosso país.






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