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Museu de Cinema brasileiro apresenta as nossas raízes africanas




O Cinema é uma das linguagens artísticas com duas fortes características: é um trabalho coletivo que pretende atingir um grande número de pessoas. Vários países utilizam essa arte para divulgar ou normalizar suas culturas para outras culturas. Muitos governos a tratam como uma indústria capaz de moldar costumes. Outros grupos preferem o contrário.

Longe dessa ambição de dominação cultural, muitos artistas encontram no audiovisual uma ferramenta para contar histórias. É o caso da websérie Cinema de Terreiro. Coordenado pelo jornalista baiano Pedro A. Caribé, o projeto foi lançado em agosto desse ano e está no oitavo episódio. No total são 11 episódios com mais de 30 depoimentos que atravessam 70 anos em trajetórias de profissionais negros de diferentes gerações e atuações no campo cinematográfico.


Foto Ismael Silva

“O Cinema de Terreiro é um conceito a partir da minha tese de doutorado, a fim de recontar a trajetória de pessoas e produções negras no cinema e audiovisual a partir de Salvador e o Recôncavo. Tem como eixo a figura do militante negro e cineclubista Luiz Orlando da Silva (1945-2006), a que falo no primeiro episódio da websérie”, explica Pedro. Os títulos dão uma pista do que se vai encontrar: Popular e Independente, Atores e Atrizes, Herança e Ancestralidade ou Trilhas Sonoras.

E porque Cinema de Terreiro? Os encontros partem do território de Salvador, BA, e do Recôncavo Baiano, o qual o terreiro de candomblé é o principal manancial do legado africano civilizatório na ocupação do espaço, não só físico, mas também simbólico. “O terreiro é a instituição que permitiu outra dimensão de história e ancestralidade, que não é a partir da escravidão. Então, registrar as vidas das pessoas é passo fundamental”, avalia o jornalista.

A coordenação de Pedro A. Caribé conta com a co-direção de Ricardo Soares, edição de David Aynan e a produção de Danielle Freire. Hoje, o projeto Cinema de Terreiro é um museu digital onde a websérie é o primeiro produto. “Em novembro vamos lançar uma plataforma com acervo, história e produções, como a websérie”, avisa Pedro. E teremos outras temporadas? “Por enquanto, apenas uma temporada, quem sabe chegam novos recursos e fazemos outras...” Fica a nossa torcida para que venham mais temporadas que nos tragam outras histórias do Brasil.


A websérie Cinema de Terreiro está à disposição na plataforma Cultne, criada em 2009, dedicada à Memória e História da População Negra tendo como base o seu extenso acervo de cultura e produção intelectual negra criado a partir de 1980. O link para acessar o material audiovisual, clique aqui

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