Nova diretoria do FCPT
O Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais realizou, na noite de 24 de março, sua assembleia geral ordinária. Na ocasião foi eleita a nova Diretoria e o novo Conselho Fiscal, que exercerão seu mandato nos próximos três anos (2021 - 2024). Pela primeira vez, a entidade será presidida por uma liderança das comunidades tradicionais, o Sr. Alcides de Lima, Mestre Alcides, capoeirista, congadeiro e griô, natural de Minas Gerais e atuante há muitos anos em São Paulo, tendo sempre inspirado em todos o respeito pela cultura e pela educação através do seu trabalho.
Outras expressivas lideranças tradicionais também foram conduzidas a funções importantes dentro da estrutura organizacional da entidade, como a Sra. Avani Florentino, Ava Fulni-ô, eleita para a vice-presidência; e o Sr. Gilberto Augusto da Silva, Mestre Gil do Jongo, da cidade de Piquete, SP, que será o Secretário. Destaque ainda para o a condução ao cargo de Conselheiro do Sr. Geraldo de Paula S. Filho, o Mestre Paizinho, do Moçambique de Taubaté, SP. O musico e brincante José Marcos Pires Bueno, a quem agradecemos muitíssimo pela dedicação ao exercício da presidência na gestão anterior, continua na Diretoria, agora como tesoureiro.
Outros companheiros que merecem destaque pelo muito que fizeram e ainda fazem pelo Fórum são Sandra Camposs, Pedro Neto e Tião Soares, que passam a compor o Conselho na condição de suplentes. Vera Athayde e Vado Pimenta, ativistas e estudiosos das culturas populares e tradicionais completam a formação do Conselho, enquanto Thereza Dantas e Marcelo Simon Manzatti complementam as funções da Diretoria. A designação para os cargos não tira, contudo, a principal característica da dinâmica do Fórum, marcada pelo regime de decisões colegiadas e democráticas.
Apesar da pauta ter sido dominada pela constituição dos novos quadros dirigentes foi possível a avaliação de todos quanto ao atual cenário. Considerações importantes foram apresentadas e devem embasar a retomada dos debates e ações concretas do Fórum que, por ser uma entidade de referência no setor, prestes a completar 20 anos de existência, recebe muitas demandas e convites para participar da construção de políticas públicas de cultura e para ombrear com os companheiros do movimento cultural e político na luta por dias melhores. Com essa parada para reflexão e para a tomada de fôlego novo, o FCPT segue na luta.
Como, mais que nunca, é preciso cantar, a reunião foi marcada pelos pontos de Jongo, pelas toadas e marchas do Congo, pelo relato da história das mulheres do Samba paulista, pelas orações e rezas, entre outras manifestações da nossa diversidade cultural.
O Fórum, assim, mantém seu fluxo de atividades e já tem reunião agendada para a última semana de abril, que terá seus detalhes divulgados amplamente. Também foram dados encaminhamentos para a discussão de políticas públicas de cultura junto à Secretaria Municipal de São Paulo em reunião que será agendada junto àquele órgão.
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