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O som caiçara da viola machete






Quando se fala da viola machete, a primeira referência que surge é a do Samba Chula, uma variante do Samba de Roda da Bahia reconhecido como Patrimônio Imaterial, em 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan.


A machete é um tipo de viola de cinco cordas, possui tamanho bem menor e seu som é mais agudo e brilhante do que o som do conhecido violão de seis cordas. O instrumento chegou em terras do Brasil colonial trazido pelos portugueses e se disseminou pelo Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Na Bahia, manteve sua tradição tocada no ritmo das frases melódicas do samba, no mesmo modo como os povos de língua bantu expressam a sua musicalidade. Segundo o pesquisador Cássio Nobre, da UFBA, em seu artigo “Viola nos Sambas do Recôncavo Baiano”, publicado na Ethnomusicology Review em 2009, a machete dialoga com o ritmo dos “passos e requebros das sambadeiras, dando mais intensidade à dança e à música como um todo”.


Durante muito tempo foi símbolo da cultura do homem da zona rural, mas a machete não teve a mesma sorte na região Sudeste e com a popularização do violão industrializada despareceu das rodas de viola nos anos 1940. Mas conversa de caiçara é longa e demorada e o fandangueiro e luthier Mário Gato prestou atenção às palavras dos caiçaras mais velhos. Com as informações repassadas finalizou a construção de uma viola machete em setembro de 2021. “Ouvindo os mais velhos, pessoas com mais de 80, 85, 90 anos, consegui recuperar essa violinha, sua escala, a quantidade de cordas e o tamanho. Foram 20 anos de pesquisa.”


Com direito a moda de viola, o músico concedeu um depoimento à Comunicação do Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais contando sobre a recuperação e fabricação dessa memória em forma de viola. Amanhece!




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